O TOQUE


«Car tel un homme pense dans son couer, tel il est»
(provérbios 23;7)




O TOQUE

O silêncio que outrora vivemos
Tornou-se coragem e gratidão
E se ninguém te ouvir Eu oiço-te.
Pegando a tua mão na minha mão

O teu olhar é uma dádiva
Quando as palavras morrem ao nascer
E estes momentos não esquecem
Vão saudando o Novo Amanhecer


O sol quente não queima
O verde da tua lembrança
Dirigindo assim teus passos
No amanhecer da Esperança

Uma mão cheia de paz
Estendida na hora final
È a dádiva serena do Ser
Que a todos dá por igual

O Amor não morreu
O Teu rosto o transformou.
Nesses dias de esforço inútil
Alcançou a luz que o gerou

O toque é importante para comunicar
Transmite á alma o que a mão levar
Dando apenas o que tem.
Recebe ás vezes sem esperar

Utilia

11 comentários:

Unknown disse...

O toque, a palavra adequada, a energia com que passamos e recebemos... Tudo isto nos muda e transforma o ambiente.

Certos momentos, mesmo que silenciosos não se esquecem... como concordo consigo cara Otilia.

Um abraço e boa semana

Laura disse...

É sim, é imprescindível o toque, o pegar na smãos, o abraçar com carinho, o beijo mesmo de relance, um olhar amoroso que diz mais que mil palavras, enfim, o toque com amor é mágico e transporta o paciente no fim da vida,ou perto dele, a uma dimensão de sentimentos de paz enorme e de gratidão!
Costumo rezar no meu quarto todas as noites, fecho a porta e de joelhos numa almofada, fico ali meia h mais ou menos, e rezo por tosos os que estão a morrer longe de casa, na mata, no fogo ou nas enxurradas e peço que os Anjos os ajudem para que não fiquem sózinhos naqueles momentos... Nosso senhor ouve tudo isso. Assim fizessem todos um cadinho pelos outros e o mundos eria um lugar de mais paz.
Beijinhos a ti.

Divinius disse...

O Amor não morreu
O Teu rosto o transformou.
Nesses dias de esforço inútil
Alcançou a luz que o gerou

Muito bonito:)

Laura disse...

Lembrei agora que quando estive no voluntariado no hospital de S Marcos, um dos meus primeiros doentes a quem dava o lanche era um senhor muito magro com feridas na perna e dizia que lhe doia muito, mal falava, eu arrefecia o nestum comc evada e dava-lho com carinho, sentia muita compaixão por ele, nunca lhe vi uma visita nos dias que ia, terças e quintas durante semanas. fazia-lhe mimos, ele pegou na minha mão e levou-a aos lábios, eu disse...:- não faça isso eu dou-lhe a si, e beijei-o na carinha rosada, não era muito idoso, devia ir nos 70 por aí, fazia-lhe miminhos e fui-me afeiçoando a ele, quando chegava lá ia a recomendar que aquele era o meu amigo e era para eu lhe dar o lanche... um dia ele apontou para o céu, mal podia falar, e acho que queria dizer que jesus me iria agradecer...
Foi sempre um doente especial para mim, por estar tão só e por sentir empatia com ele. claro que já está do outro lado há uns bons anos, mas hoje lembrei-me dele e do seu nome que não esqueci... o toque sim, sempre... doar a quem precisa o amor que não tiveram naqueles momentos e que recordarão mais tarde com alegria. beijinho a ti maria da luz...

Kênia Garcia disse...

Este toque, este olhar. Às vezes o simples fato de ter uma mão para consolar ou um olhar para transmitir paz e serenidade, faz grande diferença a um sentimento infeliz.

Grande abraço!

Rosa Silvestre disse...

Uma BOA PÁSCOA com muito amor, amiga Utília.
RS.

Lc disse...

Olá novamente, obrigado pelo feedback no meu blog.
Adicionei o link do teu blog, no meu KEEP TALKING LINKS.
Para ficarmos em contacto.
Feliz Páscoa.

Maria da Luz disse...

Vera
É verdade que a maneira como abordamos o paciente leva-nos
a uma boa ou má comunicação e a maneira de comunicar pelo toque é um recurso que o enfermeiro não deve esquecer

Maria da Luz disse...

Laura
A tua participação neste tema "o toque" foi bastante imoortante

Se queremos tratar os pacientes de uma maneira holistica, como seres humanos na totalidade do ser, eu digo que é extremamente importante, que aqueles que cuidam
Se considerem também como seres humanos, e é verdade que a nossa função de enfermeiros não pode de maneira nenhuma limitar-se a uma função meramente técnica, se tal acontece, priva-se o paciente e o cuidador de algo muito importante e a relação passa a ser limitada .
Obrigada pela tua participação e também a todos aqueles que ajudaram

Anónimo disse...

Colegas, venho pedir um momento de reflexão e se possível um momento de união. Como já deve ser do vosso conhecimento a reunião de 2ª Feira (24 de Março) entre a OE e o Ministro Mariano Gago não correu NADA BEM, pelo contrário (1º Ciclo).
Penso ser um momento de bater o pé, falarmos todos a mesma linguagem, ou seja, 2º CICLO JÁ. Se as educadoras de infância entre outros têm o 2º ciclo, porque devemos ficar satisfeitos com muito menos. Mais, será que a enfermagem em Portugal não está no patamar de 2º Ciclo. É fulcral, agora e não depois, conversarmos e debatermos o futuro da enfermagem. Era bom o tema e ordem do dia ser processo de Bolonha 2º Ciclo para os enfermeiros.
Falemos do assunto nas escolas, nos sindicatos, na ordem, nos hospitais, nos centros de saúde, lares, clínicas, ou seja, no café, na cama, em todo o lado. Informem, procurem informar, procurem informação, não podemos parar de falar nisto até conseguirmos.
OS ENFERMEIROS UNIDOS JAMAIS SERÃO VENCIDOS
É altura de todos, Directores, Supervisores, Chefes, Enfermeiros Especialistas e Enfermeiros de todas as áreas unirem esforços. Temos de fazer pressão. Não vamos, nem podemos esperar por alguém e/ou por entidades, cada um tem de falar e mostrar a sua indignação, frustração e revolta. CHEGOU O MOMENTO ou é agora, ou nunca mais será. Vamos falar e obrigar a falar.

Laura disse...

Querida Maria da Luz, vinha perguntar-te onde trabalhas..é que vou ser operada e... se for onde tás; melhor..laura_vieira@portugalmaii.com
beijinhos.